A EXPERIÊNCIA PRÁTICA DO TREINAMENTO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE NA REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
Palavras-chave:
Reabilitação Cardiovascular, treinamento intervalado de alta intensidadeResumo
Segundo a WHO, as doenças cardiovasculares (DCV) são a maior causa de óbito, causando 38 milhões de mortes anualmente no mundo. No Brasil o custo dessas internações é considerado o maior dentre as causas de internações, deixando o Brasil entre os 10 países com maior prognóstico das DCV. De acordo com a OMS, reabilitação cardiovascular é o somatório das atividades necessárias para garantir aos pacientes portadores de cardiopatia as melhores condições física, mental e social, de forma que eles consigam levar uma vida ativa, sendo considerado um importante tratamento não-farmacológico de baixo custo. O programa de RCV do HUPE visa atenuar os efeitos deletérios de um evento cardíaco, prevenir um subsequente re-infarto e re-hospitalizações, reduzir custos com a saúde, melhorar a qualidade de vida e reduzir taxas de morbi-mortalidade. O programa de treinamento proposto foi composto de treinamento contínuo (75-85%FCpicoTE) e intervalado(TI) de alta intensidade (90-95%FCpicoTE) de forma individualizada para pacientes selecionados em esteira rolante, com duração de 30min, 3 vezes/semana. Ambos os treinamentos foram seguros proporcionaram tanto efeitos benéficos na capacidade funcional, como em funções fisiológicas e na qualidade de vida. A principal vantagem do TI foi na capacidade de manutenção do exercício em alta intensidade por maiores períodos de tempo em comparação ao contínuo, garantindo um maior dispêndio energético e maior estimulação da capacidade cardiorrespiratória máxima por sessão de exercício físico. É importante considerar outros fatores para a utilização do TI, como limitações osteomioarticulares e psicológicas do paciente. Concluímos que ambos os treinamentos são uma alternativa eficaz e benéfica proporcionando adaptações semelhantes quando comparados a protocolos com intensidade moderada e maiores volumes.