VIOLÊNCIA DE GÊNERO NA UNIVERSIDADE

Autores

  • Amanda Goulart dos Santos Machado, Catarina Almeida dos Santos, Claudemilson Andrade Martins da Cunha
  • Fernanda Cristina de Assis, Fernanda Feitosa Góes Terra Lachini, Heliziane Cristina Franco de Oliveira
  • Larissa Cardozo Teixeira, Luana El-Amme Jayme, Mayara Mendes de Oliveira
  • Priscilla Alves Moreira Novaes, Rafaella Peres Ennes de Souza, Rosiane Bettecher da Silva

Palavras-chave:

VIOLÊNCIA DE GÊNERO, Universidade, Redes de Proteção

Resumo

Este trabalho apresenta resultados da pesquisa desenvolvida pelo PET Serviço Social UERJ, durante todo ano de 2018, envolvendo 12 bolsistas e tendo por objetivo dar visibilidade à violência na perspectiva da interseccionalidade de gênero-sexualidade, classe e raça. Busca conhecer o fenômeno entre estudantes dos cursos do Centro de Ciências Sociais; contribuir para formação crítica na temática; evidenciar a importância de redes de proteção à violência de gênero e violações de direitos dentro da UERJ e demais universidades. Os dados foram captados via questionário online, totalizaram 324 participantes. Sobre violência de gênero, 22% afirmaram ter sofrido violência na universidade, destacando-se a violência psicológica, seguida de violência física. Quanto aos locais e ambientes com maior probabilidade de ocorrer violências, destacam-se festas, trotes, corredores e salas de aula. Apenas 2,2% afirmaram terem cometido violência. Menos de 10% das pessoas que sofreram violência dentro da UERJ denunciaram o ocorrido. Os locais de acolhimento mencionados são espaços internos da universidade. A violência de gênero tem sido estudada prioritariamente no espaço doméstico e familiar, sendo poucas as análises no espaço público, como local de (re)produção de violências, parte das relações sociais. Mesmo nesse contexto, a violência guarda um traço de invisibilidade e se expressa de forma simbólica e psicológica, o que exige maior esforço de análise, percepção e intervenção por parte da instituição, pois tende a ser naturalizada. À medida em que as universidades incorporam estudantes trabalhadores/as, negros/as e mulheres veem-se diante de novos desafios, sendo fundamental problematizar de que modo gênero-sexualidade, raça e classe demarcam a dinâmica da universidade.

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Publicado

20-03-2019